Estou grávida de sete meses e, durante toda a gestação, eu fiz aula do método Feldenkrais, que eu já fazia antes. Como sempre gostei de observar o corpo, suas mudanças e adaptações, a gravidez trouxe curiosidades e surpresas. Tenho medo dos extremos, de transformar esse tempo em algo mais exagerado do que posso suportar (tenho 34 anos, a gravidez foi planejada, a casa está legal. Enfim, eu me sinto um pouco incomodada com a bolha que se forma em torno desse tipo de mãe, quando se perde certa naturalidade). Tudo isso para dizer que as aulas me ajudaram a tornar os sete meses em algo mais tranqüilo e natural, como eu queria.
O corpo vai se adaptando e, no meu caso, muitas vezes, esquecia que estava grávida. A barriga não incomodava (e ainda não incomoda, apesar de estar grande), não pesava demais, não me impedia de nada. O mais interessante é perceber as alterações no equilíbrio, vou ficando mais para frente ou para trás conforme a posição; a falta de abdômen me dá mobilidade lateral, para levantar, posso rolar para o lado, para abaixar, giro mais o tronco; a possibilidade de integridade entre todas as partes do corpo, para ficar de cócoras ou agachada, as torções são mais solicitadas, por exemplo.
Eu me identifiquei desde o princípio com esse método porque acredito nesse corpo que se adapta e ganha com as novidades, respeitando os limites, não impondo padrões fixos, e facilitando os deslocamentos. Ainda faltam dois meses e tudo está caminhando para o parto normal que quero. O corpo tem dessas felicidades.
Um comentário:
Alegrias do corpo....alegrias em familia...alegria de ver chegar a segunda geração das Ditas.
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