Ainda sobre Antonio Nóbrega. Fui à aula-show indicada no post anterior (como disse, ela deve percorrer 15 cidades brasileiras) e durou cerca de 1h30. Ele sozinho no palco, entre instrumentos, cenário e um computador (sim, suas referências estavam anotadas).
Há seu carisma, claro, que nos faz cúmplices do que tem para contar. Mas me impressionou dominar o palco de um jeito aparentemente natural, sem outros recursos além do que tinha para contar. Quem consegue dançar em círculos e ser grandioso, sem afetação? Pois Nóbrega, logo no início, faz isso dançando e evocando o que ele chama das três matrizes da cultura brasileira: indígena, europeia (Portugal) e africana.
Ele tem o que dizer, ele tem o que dançar e sua dança me cativa. Conhecedor e inquieto com essa formação das danças brasileiras, ele conseguiu abrigar em seu corpo as nuances de várias vertentes, como frevo e capoeira, e criar um modo único de se mover, rico e instigante. Tamanha habilidade faz seus movimentos leves e elegantes, um Fred Astaire contemporâneo. E parece fácil, uma brincadeira com o corpo. Há um recurso que me chamou atenção desta vez, o uso do ataque para começar um movimento, que desacelera gradualmente em sua sequência, até outro passo firme. Assim, ele brinca no espaço que faz grande.
Sempre quero ver mais.
Há seu carisma, claro, que nos faz cúmplices do que tem para contar. Mas me impressionou dominar o palco de um jeito aparentemente natural, sem outros recursos além do que tinha para contar. Quem consegue dançar em círculos e ser grandioso, sem afetação? Pois Nóbrega, logo no início, faz isso dançando e evocando o que ele chama das três matrizes da cultura brasileira: indígena, europeia (Portugal) e africana.
Ele tem o que dizer, ele tem o que dançar e sua dança me cativa. Conhecedor e inquieto com essa formação das danças brasileiras, ele conseguiu abrigar em seu corpo as nuances de várias vertentes, como frevo e capoeira, e criar um modo único de se mover, rico e instigante. Tamanha habilidade faz seus movimentos leves e elegantes, um Fred Astaire contemporâneo. E parece fácil, uma brincadeira com o corpo. Há um recurso que me chamou atenção desta vez, o uso do ataque para começar um movimento, que desacelera gradualmente em sua sequência, até outro passo firme. Assim, ele brinca no espaço que faz grande.
Sempre quero ver mais.
Antonio Nóbrega. Foto: Walter Carvalho |