
sexta-feira, 28 de novembro de 2008
Novas seqüências

segunda-feira, 26 de maio de 2008
segunda-feira, 5 de maio de 2008
Ismael Guiser e a dança paulista

quinta-feira, 17 de abril de 2008
Dança para menores

O pontapé inicial para essa companhia foi dado quando ela torceu o joelho e precisou se afastar um pouco. Nesse meio tempo, uma crise artística a fez questionar seu antigo trabalho.
A dança é feita por bailarinos de formação contemporânea, com assuntos que interessam aos meninos e meninas de hoje, sempre no sentido de salientar o corpo, a movimentação, as brincadeiras entre duas ou mais crianças. Entre as coreografias, Brincos & folias (1997), Entranças – descobrindo e redescobrindo o Brasil (1999) e RodaPé (2001). Alguns pontos ligam esses espetáculo: não subestimar a compreensão infantil, falar com propriedade, deixar claras as mensagens.
A companhia usa gestos do universo infantil, como o levantar de braços e pernas, a ocupação do chão ou ainda um ou outro modo típico da criança (pegar os pés com as mãos e levar até próximo à cabeça), mas não se limita a isso, tudo é mais sofisticado e ágil. Todas as partes do corpo são usadas em busca de uma comunicação. É um elaborado movimentar que encanta e, ao mesmo tempo, se aproxima da platéia.
Nessas danças-brincadeiras que se sucedem, um outro acerto, o entendimento de senso da urgência infantil. Com isso, o grupo consegue um tempo preciso, uma cena, quando chega ao ápice, é logo substituída. O uso da voz é tratado como extensão do corpo, mas, sem jamais, ultrapassar a linha da dança, trata-se de uma combinação de linguagem e não uma substituição.
Essa linha do tempo serve como apoio para entender a história do Balangandança. No entanto, o projeto foi mais longe, trouxe novos modos de experimentar o corpo, invertendo, possivelmente, a ordem de prioridade para seus participantes.
quarta-feira, 9 de abril de 2008
Ivonice Satie e um depoimento público
sexta-feira, 4 de abril de 2008
20 anos da Quasar Cia de Dança

Com medidas variadas entre os pontos descritos acima, as coreografias do fim da década de 90, particularmente Divíduo, de 1998, e Coreografia para Ouvir, de 1999, despontam pela acuidade do tratamento do corpo, dos temas e da aproximação entre eles. Esta última ainda é uma das mais apresentadas pela companhia. Nela, Rodovalho consegue imprimir um novo jeito de narrativa na dança. Inteiramente dançada com vozes gravadas de artistas populares nordestinos, a coreografia transforma os depoimentos em situações bem- humoradas.
quinta-feira, 3 de abril de 2008
Pequena história da Quasar

Em 1988, aos 24 anos, Henrique Rodovalho decidiu-se pela carreira de coreógrafo. Como a maioria dos criadores de sua geração, a inquietação em encontrar um estilo próprio deu a ele coragem e marcou a carreira da companhia que, também em 88, ajudou a fundar ao lado de Vera Bicalho, a Quasar Cia de Dança, em Goiânia, sua cidade natal. Rodovalho fez educação física e artes marciais. Conheceu a dança depois, no no meio acadêmico. Encantado, resolveu mudar-se para o Rio de Janeiro. Nessa busca, a ginástica, a dança de rua, a luta tornaram-se recursos para sua investigação. Somem-se a isso técnicas de dança moderna e ritmo urbano.
A Quasar traçou seu caminho ao longo dos vinte anos de existência em meio a essa pluralidade e a uma grande habilidade corporal. E Goiânia não representou um exílio cultural nem uma acomodação intelectual. O país é que voltou seus olhos com curiosidade para a dança que se fazia por lá, guiada pelo nome de Rodovalho.
Ele se tornou o criador aplaudido por traçar um modo de dançar urbano em constante diálogo com a cultura brasileira. Suas coreografias são de grande precisão técnica, feitas de movimentos matemáticos, calculados e, ao mesmo tempo, fluentes no modo como um gesto se liga ao outro. Na estranha harmonia criada por Rodovalho, o corpo não atua em uma simetria convencional: a cabeça pode deitar para um lado, enquanto um braço e os quadris vão para lados opostos; trata-se de um corpo de múltiplos vetores impulsionando os gestos. Em grande medida, a comoção dos espetáculos acontece pela decisão de explorar o vocabulário físico no limite característico, que nos permite observar seu sofisticado corporal.
Nesta comemoração de 20 anos, a Quasar Cia de Dança merece e encontra um lugar na primeira fila na dança contemporânea brasileira.